É possível reduzir os riscos em sua família
Especialistas sugerem cuidados que poderão garantir uma infância mais segura às crianças:
EM CASA:
Evite a negligência — A maior violência. Leva à degradação das relações familiares, à perda de autoridade, à confusão do conceito de liberdade com descaso e à exposição exagerada aos riscos de violência, dentro e fora de casa.
Violência hereditária — Pais vítimas de violência na infância correm maior risco de impor o mesmo flagelo aos filhos. Se perceber esse comportamento no parceiro, procure ajuda.
Desorganização familiar — Famílias com baixa instrução ou desorganizadas são criadouros de violências, além de favorecer o convívio exagerado dos filhos na rua. Se um casamento não dá certo, pode ser melhor desfazê-lo a manter cenas de violência doméstica.
Atenção aos sinais — Parte dos casos de abuso nasce na casa das vítimas ou de parentes. Esteja atento a indícios como queda no desempenho escolar, alterações na maneira de se relacionar, distúrbios ou perturbações de sono e de alimentação e marcas físicas.
Conheça as relações de amizade — Inteire-se das amizades de seus filhos. Elas determinarão o comportamento de crianças e, principalmente, dos adolescentes em curto prazo.
Negocie a liberdade — Na adolescência, o grito por liberdade aumenta. Negocie limites de acordo co sua percepção da responsabilidade de seu filho. E respeite as individualidades.
Aumente o tempo que dedica aos filhos — A presença dos pais, longe de ser intrusiva, serve como suporte emocional. Mesmo filhos que se orgulham de total liberdade podem se sentir abandonados.
Sexualização precoce — Tente evitar que a infância de seus filhos se torne a reprodução de uma vida adulta. O vestuário e as festas devem ter características infantis.
Restrinja a TV — Acompanhe os programas de interesse de seus filhos. Em caso de temáticas adultas, discuta-as. Faça com que a programação assistida por seus filhos esteja de acordo com a idade e estimule as alternativas como jogos e brincadeiras.
Cuide do filho, não só do perigo — É mais fácil instruir seu filho para que evite perigos do que identificar potenciais agressores. O conhecimento que você tem de seu filho e que seu filho tem de si mesmo e da família é a melhor fonte de proteção pessoal.
Converse com seu filho — Fale sobre casos — mesmo de violência — debatidos na mídia. Discuta comportamentos, notícias, leituras, filmes, jogos infantis. Ouça a resposta às questões. Acompanhe a vida de seu filho em casa, na rua, na escola.
Discernir cuidado de super-proteção — Se você tem precauções para reduzir riscos, está no caminho certo. Evite a hiper-vigilância, que causa atritos e afastamento entre pais e filhos.
NA ESCOLA:
Uso de drogas — As drogas também estão na escola. Esteja atento.
Bom colégio — Escolha uma escola com compromisso com seu filho. O local de estudos não pode ser um depósito de crianças, cuja responsabilidade começa e acaba no portão do prédio.
Bons professores — Proteste e peça aos educadores que acompanhem os questionamentos de seus filhos. Exija atenção, profissionalismo e a melhoria da qualidade da escola.
Compromisso com a realidade — A escola deve tratar de assuntos atuais e se envolver com a comunidade.
Troque experiências — Participe das reuniões na escola. Integre os círculos de pais e mestres.
Bom colégio — Escolha uma escola com compromisso com seu filho. O local de estudos não pode ser um depósito de crianças, cuja responsabilidade começa e acaba no portão do prédio.
Bons professores — Proteste e peça aos educadores que acompanhem os questionamentos de seus filhos. Exija atenção, profissionalismo e a melhoria da qualidade da escola.
Compromisso com a realidade — A escola deve tratar de assuntos atuais e se envolver com a comunidade.
Troque experiências — Participe das reuniões na escola. Integre os círculos de pais e mestres.
NA RUA:
Lugares apropriados — Parques fechados, condomínios, escolas ou centros comunitários são locais mais seguros para o lazer.
Uso de drogas — Entenda: atualmente, fazem parte do convívios social e podem ingressar em sua família. Não leve dois anos até descobrir, tempo em média gasto pelos pais.
Envolvimento comunitário — Promova o envolvimento da família com a comunidade. É sempre bom contar com amigos na instrução de seu filho.
Evite a livre circulação — Saiba aonde crianças e adolescentes vão, com quem, quando voltarão e quem os levará. A autonomia exagerada fará com que as ruas ensinem mais do que você.
Clubes, sociedades e escola — Para a prática de esportes e o convívio com os amigos, são locais recomendados.
Reduza a permanência na rua — Não permita que seu filho passe o dia na rua, sem que você saiba onde está.
Casa é dos pais — O mesmo vale para as casas que seu filho freqüenta. Saiba quais são, quem mora nelas e sempre dê prioridade à permanência da criança em sua própria casa.
Por: Jacqueline Poesch Moreira, Suzana Braun e Gabriel Neves Camargo (Jornal Zero Hora)